A mãe chega em casa após o trabalho, cansada, esbaforida e pergunta: ‘filho, já fez a lição?’. Se a resposta for negativa, inicia-se a celeuma: 'se não fez, não pode ficar no computador, já combinamos, é sempre assim, porque você não obedece, etc, etc...' Rapidamente a situação fica tensa, regada a lamúrias e ameaças.
Outra situação: a mãe tem como trabalho as atividades domésticas, entre elas, supervisionar a lição dos filhos. Nesses casos pode acontecer que o ‘supervisionar’ escorregue sutilmente para tomar para si as tarefas escolares, a ponto de completar partes de próprio punho, fazer pesquisas na internet e por aí afora.
Em princípio, a lição de casa deve ser o momento valioso de firmar conhecimento, de ousar hipóteses, ou de se deparar com dúvidas. Para isso é fundamental que a criança esteja numa saudável solidão, para se concentrar sem a demanda ativa do adulto, que deve oferecer suporte apenas quando necessário.
Também é importante que ela possa arcar com o que ocorrerá na escola se não tiver feito a lição. Isso possibilita que ‘tome posse’ do conhecimento, assuma a escola como parte de sua vida e se responsabilize por ela. Por aí poderá encontrar o prazer envolvido no aprender, no exercício da curiosidade, no desafio. Caso contrário, a escola fica sendo uma parte da vida em que ela tem que realizar o que interessa aos pais, sentindo-se submetida a algo contra o qual poderá se rebelar.
Muitas vezes a lição se converte em moeda de troca, o conhecimento se torna obrigação e os pais transmitem, inadvertidamente, a mensagem de que estudar é chato, bom é videogame...
Marcia Arantes e Helena grinover
Caso seu filho apresente um sofrimento persistente, marque um horário para conversar.
http://vivazpsicologia.blogspot.com.br/p/servicos_22.html
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