terça-feira, 3 de maio de 2011

Cada um em seu lugar.

























Na sala da Coordenação de uma escola de educação infantil adentra um garotinho de três anos de idade dizendo chorosamente à coordenadora: "Minha professora não deixa eu brincar com ele", mostrando um pequeno Homem Aranha. Para minha surpresa a coordenadora responde, interrompendo nossa conversa, "eu já vou lá falar com sua professora".
Esse é um exemplo de atitude que vemos repetida em muitas outras situações. Adultos, ao invés de remeterem as crianças para um entendimento com outros adultos, se colocam como solucionadores de suas dificuldades, provavelmente por acreditarem que as estão 'protegendo'. São comuns frases como: "deixa que eu falo com seu pai", "deixa que eu peço o brinquedo para o seu amiguinho".
O que os educadores teriam que perceber é que, no lugar de proteger, tiram delas a oportunidade de aprender a falar, reclamar, resolver suas relações. Além disso, transmitem a ideia de que são incapazes e com isso elas ficam desprotegidas!
No caso dos adultos estarem em desacordo em relação a determinada conduta, seria bom conversarem sem envolver os pequenos que, ainda sem condições de discernir sobre o assunto, sentem-se abandonados vendo questionadas as figuras em quem se apoiam.
É bom para a criança ver que os pais confiam na escola, que a diretora confia no professor, que a mãe confia no pai.

Helena Grinover e Marcia Arantes

Caso observe um sofrimento persistente em seu filho, você pode marcar um horário para conversar:

























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