Mãe e filha de nove anos estão presas no trânsito, ainda levarão 40 minutos para chegar. De repente a mãe comenta: olha, a placa desse caminhão é FFF! A menina fala três vezes um palavrão que começa com a letra F. A mãe diz: Feio, Feio, Feio... A garota faz outra sequência de três palavras começadas com F.
Passam a brincar com as placas dos outros carros. Cada vez uma delas cria a sequência, as palavras começam a formar sentenças e até rimas. As duas não se dão conta do tempo e chegam ao destino. A menina desce do carro, se despede e diz: pegamos trânsito mas foi bom! A mãe pensa: é verdade...
Em tempos de metrópoles congestionadas, onde os adultos trabalham muito e têm vida corrida, as oportunidades de brincar com as crianças podem ser preciosas. Nesse dia, sem perceber, mãe e filha puderam transformar a situação. O que teria sido um adulto queixoso e uma criança entediada, foi um tempo de diversão criativa. Essa menina foi poupada de ouvir as lamentações adultas, que são sempre muito desanimadoras para os pequenos.
Muito já se falou sobre a diferença entre qualidade e quantidade do tempo que os familiares têm para ficar com as crianças . O tempo é de qualidade quando propicia intimidade, espontaneidade, cria laços de confiança. Nesses momentos se transmitem valores, histórias familiares, confidências ... Às vezes, é suficiente mudar a qualidade e não aumentar a quantidade.
Parece-nos interessante inventar formas de cuidar brincando para aproveitar o tempo. Para cada idade há brincadeiras que podem ser feitas enquanto se toca a vida cotidiana. No exemplo acima, surgiu um jogo em torno do material que estava diponivel nas ruas da cidade, as letras das placas. Este é um aspecto importante a realçar: as crianças gostam de brincadeiras e não necessariamente de brinquedos. Além disso, a mãe não ficou na posição de apenas criticar os palavrões, mas aproveitou a ideia para chamar a atenção sobre "palavras feias".
Aos adultos cabe o desafio de serem criativos, o que também é muito divertido!
Helena Grinover e Marcia Arantes
Caso seu filho apresente uma dificuldade persistente, marque um horário para conversar.
http://vivazpsicologia.blogspot.com.br/p/servicos_22.html
Helena Grinover e Marcia Arantes
Caso seu filho apresente uma dificuldade persistente, marque um horário para conversar.
http://vivazpsicologia.blogspot.com.br/p/servicos_22.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário