terça-feira, 2 de abril de 2013

Questão de autoridade!



















A mãe de Julio, garoto de seis anos, está desesperada com as desobediências do filho: 'eu agora digo que vou bater se ele não me obedecer, mas não posso fica batendo o tempo todo. Às vezes, nem isso adianta, ele já sabe que nem sempre eu bato'.
A mãe de Camila responde: 'eu digo que vou falar para o pai dela e funciona'.
Após os cinco, seis anos aproximadamente, as crianças precisam mostrar certa capacidade de mudar de atitude apenas por meio de palavras. Por exemplo, dizer: 'estamos no cinema, aqui não se pode falar alto' ou 'as visitas se servem primeiro', deve ser suficiente para que procurem se comportar.Quando isso acontece, podemos dizer que a criança reconhece uma autoridade.
Privilegiar a linguagem na busca do entendimento e da aceitação dos limites, é absolutamente necessário para educar um ser humano para a convivência social.  
Caso não haja sinal desse avanço, o desenvolvimento e a sociabilidade podem ficar prejudicados. Todos nós já vimos aqueles pequenos `diabinhos´ indesejados, que não se integram em lugar algum.
As mães do Julio e da Camila adotam maneiras muito diferentes de educar. Aquela que ameaça bater não introduz na sua conversa com o filho uma outra pessoa, ou um conjunto de regras que ele deva respeitar. A situação fica apenas entre ela e ele, sendo que precisa sempre dominá-lo por meio de sua força física, no corpo a corpo. Isso, ao contrário do que se almeja, pode aumentar a desobediência. 
Já a mãe da Camila não precisa usar  a força física. Ela utiliza  o pai de sua filha como uma  referência que a apoia. Estabelece-se assim uma autoridade, que não precisa ser necessariamente o pai da criança: é alguém reconhecido e respeitado sem que precise estar  de corpo presente, basta que esteja em palavras...

Helena Grinover e Marcia Arantes
http://vivazpsicologia.blogspot.com.br/p/servicos_22.html

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