sexta-feira, 25 de março de 2011

Compra?

Uma avó conta que seu neto de sete anos de idade toda vez que a encontrava, antes de qualquer coisa dizia "vovó me compra ..." Pedia o que queria ganhar no Natal, no Dia das Crianças, no Aniversário, na Páscoa. Em determinado momento ele já havia "encomendado" presentes para mais de dois anos. A avó ficava bastante atrapalhada porque se via frente a pedidos que não sabia se poderia e se desejaria atender. Ela ia respondendo com "não sei , veremos, quando eu puder".
Acabou por reclamar dizendo a ele que antes de tudo, ele  pensava no que ela poderia lhe dar! Nem assim, o garoto mudou de atitude, apenas passou a colocar um "se você puder" antes de despejar mais um pedido...
Certo dia, essa avó encontrou outra saída, disse ao  neto: "querido, vamos fazer assim, pode ir me dizendo tudo que gostaria de receber de presente, é bom para eu ficar sabendo do que você gosta, quais são as novidades, depois eu penso ..."
Desta maneira, libertou-se do constrangimento e ele ficou mais à vontade para partilhar suas vontades.
O garoto continuou num ritmo diferente, com menos sofreguidão, e depois de um tempo passou a falar de presentes só quando estavam próximas as datas convencionais. Provavelmente, o que ele mais queria era poder falar dos tantos desejos que tinha!
Muitas vezes os adultos tem dificuldade em perceber a diferença entre ouvir as expressões do desejo e ter que realizá-los. E muitas vezes, as crianças querem apenas se expressar...

Caso note um sofrimento excessivo com essa questão, marque um horário








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