segunda-feira, 21 de março de 2011

Limites


















Uma garota de oito anos adorava jogar Damas com a mãe. Ela jogava bem e muitas vezes ganhava, o que lhe dava imenso prazer, mas quando percebia que estava perdendo o jogo dizia: “ah...não quero mais jogar”. De tal forma isso se repetia que a mãe começou a não gostar nada da brincadeira, percebia que alguma coisa não estava bem...Ficava, não apenas preocupada com a atitude da filha, mas também pessoalmente incomodada, frustrada pelo abandono do jogo. Naquele momento, não estava em questão apenas sua função materna, mas também a própria vontade de "brincar". Decidiu então colocar "um limite". Quando a filha veio pedir para jogar, disse: “sim, vamos jogar, mas o jogo tem que ir até o fim”. Nada fácil para ambas, a mãe jogava para ganhar, a garota suportava a situação, ia até o fim e, por vezes, conseguia ganhar.
Essa criança descobriu que aguentava perder e isso a libertou para outras atividades que apresentavam algum risco. Livrou-se da necessidade de interromper tantas vezes o que gostava de fazer por medo dos resultados.
Ao contrário do que habitualmente se pensa, limites bem colocados, adequados à idade, ampliam a liberdade da criança!

Caso observe um sofrimento persistente em seu filho, marque um horário.
Helena Grinover e Marcia Arantes

http://vivazpsicologia.blogspot.com.br/p/servicos_22.html

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