A falta de satisfação dos desejos, a frustração, tem consequências importantíssimas para a constituição do nosso psiquismo. Quando nos falta alguma coisa somos levados a criar uma substituição, mudamos, e assim se amplia nossa capacidade de buscar outras vias de realização na vida...
A sabedoria popular diz que não se deve mimar as crianças. Podemos entender esse dito assim: se elas são sempre rapidamente atendidas, da maneira que desejam , resistem a mudanças. Têm poucas oportunidades de diversificar as maneiras de satisfação e ficam dependentes do que já conhecem. Também suportam mal o esforço para encontrar uma nova solução, tornam-se exigentes e sem paciência.
Forma-se assim o que conhecemos como um círculo vicioso, "sempre mais do mesmo", cria-se a base para os vícios em televisão, jogos eletrônicos, comidas, compras..
Para que a ampliação psíquica ocorra é necessário que haja uma alternância entre a satisfação e a falta dela em dose suportável para cada idade e para cada criança. Afinal, as mudanças têm que vir num ritmo que possa ser "digerido" pelo psiquismo.
Aí está um grande desafio para os educadores, pais, famílias: quando e quanto dizer "não"?
Os famosos "limites", têm gerado perguntas nas nossas conversas com os adultos, sobretudo diante dos apelos da sociedade de consumo, baseada na crença de que a felicidade está em ter, ganhar, comprar...
Caso queira aprofundar esse assunto venha falar conosco.
Marcia Arantes e Helena Grinover
http://vivazpsicologia.blogspot.com.br/p/servicos_22.html
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